domingo, 23 de junho de 2013

terça-feira, 18 de junho de 2013

Novos protestos em várias cidades. No Rio, um carro é incendiado em frente à Assembleia.

Grupo tenta entrar na Assembleia Legislativa do Rio Foto: CHRISTOPHE SIMON / AFP
Deu no jornal O Dia
Protestos ganham adesões e acontecem em pelo menos oito capitais, a maior parte sem violência ou grandes incidentes. No Rio, a Cinelândia e a Avenida Rio Branco foram tomadas por 100 mil pessoas. Em São Paulo, ato reuniu pelo menos 65 mil.
Neste momento, um grupo de manifestantes conseguiu ocupar as escadarias da Assembleia Legislativa (Alerj). Um grupo de PMs ficou acuado no local com escudos. PMs faziam disparos para o alto na tentativa de dispersão, mas a multidão se recusava a sair.
Um carro chegou a ser virado e incendiado. A confusão começou porque um manifestante tentou abrir um carro da polícia e acabou sendo preso por PMs do serviço reservado (P2). Alguns dos manifestantes chegaram a jogar pedras na janela da Alerj.
Ainda não há informações sobre o número de feridos

segunda-feira, 17 de junho de 2013

DONA DILMA: IMPRUDENTE E IMPREVIDENTE

Não devia nem podia ir à inauguração oficial da Copa e do Mané Garrincha. Pelo menos precisava ter se informado do comportamento das multidões. Principalmente agora, que o povo está nas ruas. E sua popularidade em baixa, ninguém sabe até onde.
Foi vaiada várias vezes e sempre demoradamente. Constrangidíssima, teve que ser “socorrida” pelo presidente da Fifa, a quem detesta.
Quando Castelo Branco (já ex-“presidente”) morreu num desastre de avião, trouxeram o corpo para o Rio, foi velado no Clube Militar. Na mesma hora, no Maracanã, jogavam América e Botafogo. Pediram um minuto de silêncio, vaia ampla, geral e irrestrita. Nelson Rodrigues, ao meu lado, quase gritou: “O Maracanã é implacável, vaia até minuto de silêncio”. 48 horas depois, no seu programa da TV Rio, repetia a frase.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Dilma perde pontos, mas lidera sucessão com 51%

Pedro do Coutto
Pesquisa do Datafolha concluída sexta-feira e publicada na edição de domingo em reportagem da Folha de São Paulo revelou que a aprovação da presidente Dilma Rousseff, que se encontrava na escala de 65%, recuou oito degraus descendo portanto a 57%. Trata-se da faixa amplamente majoritária que considera seu governo entre ótimo e bom. Acham regular 33% e apenas 9 o classificam de ruim e péssimo. A queda, certamente, preocupou o Palácio do Planalto na medida em que pode significar o início de uma sequência negativa. Este é um ponto da questão. Entretanto, dividindo-se a aprovação de 57 pela rejeição de 9, vamos encontrar um coeficiente altamente favorável à presidente da República.
Os leitores vão naturalmente perguntar: e os 33% que colocam a administração no patamar de regular simplesmente? Respondo que esses 33% não possuem opinião formada, na realidade abstiveram-se de responder. Em pesquisas de opinião, a meu ver, só valem as afirmações de ponta. Ótimo e bom de um lado, ruim e péssimo de outro. Por isso, para qualificar o coeficiente, acredito que tenha que se dividir o maior pelo menor. O resultado, dependendo dos números, pode ser positivo ou negativo. No caso de Dilma Rousseff, positivo.
Tanto assim que, se as eleições para a sucessão presidencial fossem hoje, ela alcançaria 51% dos votos, vencendo no primeiro turno. O Datafolha relacionou três candidaturas de oposição: Marina Silva 16 pontos; Aécio Neves 14 e Eduardo Campos apenas 6%. Somem 36 pontos. Quatorze por cento não souberam opinar. Normal. A campanha eleitoral,em seu sentido mais amplo, ainda não começou. Deve-se notar também que, nos últimos pleitos, entre 6 a 7% ou votam em branco ou anulam o voto. De qualquer forma, contudo, o Datafolha com o levantamento balizou as possibilidades e perspectivas do quadro para 2014.
Dilma manteve a frente porque as maiores quedas em seu prestígio têm origem entre os que ganham mais de dez salários mínimos e entre os que possuem formação superior. São faixas minoritárias da população. É só consultar o IBGE. Dois terços dos que trabalham ganham até 5 salários mínimos. Quanto mais alta for a renda, maior a resistência e a reação contrária a Dilma. Quanto menor for a renda, maior será sua aprovação. Ela perdeu pontos na sua aprovação, em consequência os índices de regular e péssimo subiram.
Mas as posições de Marina Silva, Aécio Neves e Eduardo Campos não se alteraram diante de pesquisa anterior do mesmo Datafolha. Aécio é candidato certo, mas Marina Silva depende de conseguir ou não criar seu partido, ou então ingressar no antigo PPS, hoje MD, sigla de Movimento Democrático. E Eduardo Campos? Registrando somente 6% das intenções de voto, com sua exposição nos meios de comunicação, dificilmente concorrerá. Isso porque  seu partido, o PSB, faz parte do atual governo. Não trocará uma posição consolidada que pode se estender por mais quatro anos, para escolher um candidato de oposição cuja candidatura não decolou. Cinquenta e um contra 6 pontos é uma diferença muito grande de vir a ser superada.

sábado, 8 de junho de 2013

Ovo equilibrado na Linha do Equador intriga moradores e turistas no Amapá


Curiosidade atrai turistas à capital do Estado.
Fenômeno divide opinião de especialistas.

Ovo fica equilibrado na Linha do Equador, no Amapá (Foto: Thaís Pucci/ G1)Ovo fica equilibrado na Linha do Equador, no Amapá (Foto: Thaís Pucci/ G1)
Turistas e moradores que visitam o Marco Zero do Equador,  ponto turístico mais famoso de Macapá, com um obelisco de 30 metros de altura, se surpreendem com um fenômeno inusitado. Quando colocado exatamente sobre a linha imaginária do Equador, que cruza a capital do Estado, um ovo fica parado em pé, sem cair.

Robert Vamoura, pós-doutor em Física e professor da Universidade Federal do Amapá (Unifap), acredita que o fato é mito. "Isso não tem explicação física. É apenas uma probabilidade", disse.  Ele contou que não existe uma lei que justifique o equilíbrio do ovo, e que fazê-lo ficar em pé é uma questão de tentativas.
O físico do Planetário Móvel Maywaka, Cassio Renato dos Santos, afirma que o fenômeno não passa de uma lenda. Segundo ele, o ovo não sofre nenhuma influência específica da linha imaginária do Equador. Ele está sujeito à gravidade, e atua como em outros corpos. Cassio afirma que o fenômeno poderia acontecer em qualquer ponto da terra, em superfície plana.
"Antigamente, este fato era associado aos solstícios e equinócios na linha do Equador. Mas, para um físico como eu, a lenda não passa de uma falácia". A reportagem testou em outros pontos da cidade e não obteve o mesmo efeito.
Ovo equilibrado no Marco Zero, em Macapá (Foto: Thaís Pucci/ G1)Ovo equilibrado no Marco Zero, em Macapá (Foto: Thaís Pucci/ G1)
O meteorologista Luiz Cavalcanti, chefe do Centro de Análise e Previsão do Tempo do Instituto Nacional de Meteorologia no Amapá (Inmet), acredita, no entanto, que "se o ovo fica mesmo em pé e equilibrado sobre a linha do equador é devido à força de Coriólis", atribuiu. Ele explicou que Coriólis é uma força aparente devido à rotação da Terra, que depende da velocidade do movimento e latitude na qual o movimento se realiza. Essa força é zero no Equador. "O equilíbrio do ovo é favorecido por sua forma. Ele não tem nenhuma força agindo sobre ele no Equador", rematou.
Camila Moreira, de 21 anos, recepciona turistas na recepção do Marco Zero. Ela confirmou que nos equinócios, quando a duração entre o dia e a noite são iguais, o sol alinha-se perfeitamente no círculo do topo do obelisco e projeta um raio de luz sobre a linha imaginária do Equador, o que atrai muitos turistas. "Muitos (turistas) levam um GPS para confirmar que ali a latitude é 0º", afirmou.

Verdade ou mito, o mistério continua atraindo diversos turistas que chegam a produzir vídeos e fotos para garantir que conseguiram fazer a mágica do ovo. Próximo dali, outro ponto turístico, o Estádio Zerão, também atrai curiosos. No monumento esportivo, a linha do meio de campo coincide com a linha do Equador, e faz com que cada time jogue em hemisférios diferentes.

Mais fatos curiosos sobre a influência da linha imaginária do Equador são lembrados por muitos que passam pelo local. Em cada hemisfério, a água gira para um lado diferente, devido também à força física de Coriólis, segundo atribui o meteorologista Luiz Cavalcanti. Se alguém está no hemisfério Norte, ao acionar a descarga sanitária, a água gira para o lado direito. Já no lado Sul, o líquido gira para o lado contrário.
Fenômeno também atrai a atenção de turistas na capital amapaense (Foto: Thaís Pucci/ G1)Fenômeno também atrai a atenção de turistas na capital amapaense (Foto: Thaís Pucci/ G1)
 

terça-feira, 4 de junho de 2013

Lula, o predestinado, está rindo à toa, porque a conjunção astral lhe garante que vai ser presidente pela terceira vez


Carlos Newton
Para se apresentar ao PT como candidato à sucessão presidencial no lugar de Dilma Rousseff, Lula só precisa de uma boa desculpa. E os astros estão totalmente a seu favor, porque a posição deles na formação econômica internacional, combinada com a meteórica passagem de asteroides financeiros, está interferindo na conjuntura brasileira e colocando em órbita a candidatura do companheiro-em-chefe.
A inflação ameaça, os juros sobem, o dólar dispara, a Bolsa de Valores despenca, o superávit primário (para pagamento dos juros da dívida interna) cai 30% em relação a 2012, o governo de Dilma Rousseff terá de cortar investimentos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). E pior: popularidade de Dilma cai 10%, segundo pesquisas mandadas fazer pelo Planalto.
Caramba! É justamente isso que Lula está esperando para justificar o lançamento de seu nome como “salvador do PT e da Pátria”. E não é por mera coincidência que o Instituto Lula desde o início do ano vem acelerando a campanha, marca uma palestra atrás da outra em entidades das classes trabalhadoras e empresariais, em eventos nos quais Lula sequer cita o nome de Dilma Rousseff, é como se ela não existisse.
CUT APOIA LULA
Ao mesmo tempo, a poderosa CUT (Central Única dos Trabalhadores) começa a descolar do governo Dilma. Com apoio de dezenas de sindicatos e federações, acaba de divulgar uma carta-aberta contra a política de privatizações e está incorporada a um movimento nacional contra a terceirização no serviço público.
O circo está se armando para Lula chegar perante o PT e aceitar a candidatura que aparentemente lhe será imposta. Mas só tomará essa atitude depois de outubro, quando se esgotar o prazo para Dilma Rousseff mudar de partido e disputar a reeleição.
A vingança é um prato que se come frio e Lula jamais perdoará Dilma pela perseguição que o Planalto abriu contra Rosemary Noronha, a mulher que iluminou a vida dele nos últimos 20 anos.
Quem viver, verá. É por isso que Dilma Rousseff está tão descompensada, come sem parar e já engordou 8 quilos. Realmente, a situação dela não é nada agradável. Hoje, Dilma é tudo, saiu na revista Forbes como a segundo mulher mais poderosa do mundo, mas amanhã não será rigorosamente nada.
Bem, este é o quadro atual, que pode mudar, claro. Mas no caso da sucessão presidencial, Lula é o senhor de seu destino. E todos vão se surpreender quando for divulgado o que Lula pretende fazer no terceiro mandato. Aguardem.

domingo, 2 de junho de 2013

Superávit usado para pagar juros da dívida caiu quase R$ 4 bilhões no primeiro trimestre

Kelly Oliveira (Agência Brasil)
 O superávit primário do setor público consolidado – governos federal, estaduais e municipais e as empresas estatais – ficou em R$ 10,337 bilhões, em abril, de acordo com dados divulgados hoje (31) pelo Banco Central (BC).  O superávit primário é a economia que o governo faz para o pagamento de juros da dívida pública. Em abril do ano passado, o resultado foi maior – R$ 14,240 bilhões.
De janeiro a abril, o superávit primário chegou a R$ 41,058 bilhões, contra R$ 60,212 bilhões de igual período de 2012. Em 12 meses encerrados em abril, o superávit primário ficou em R$ 85,797 bilhões, o que corresponde a 1,89% do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país. A meta para este ano é R$ 155,9 bilhões, mas o governo poderá abaterinvestimentos previstos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e também desonerações.
Nos quatro meses do ano, o  Governo Central (Banco Central, Tesouro Nacional e Previdência Social) registrou superávit primário de R$ 27,069 bilhões, enquanto os governos estaduais apresentaram R$ 11,374 bilhões e os municipais,  R$ 2,638 bilhões. As empresas estatais tiveram déficit primário de R$ 22 milhões, de janeiro a abril deste ano.
O esforço fiscal do setor público não foi suficiente para cobrir os gastos com os juros que incidem sobre a dívida. Nos quatro meses do ano, as despesas com juros ficaram em R$ 80,276 bilhões. Em 12 meses encerrados em abril, esses gastos chegaram a R$ 217,947 bilhões, 4,81% do PIB.
Com isso, o setor público registrou déficit nominal, formado pelo resultado primário e as despesas com juros, de R$ 39,218 bilhões, nos quatro meses do ano, e de R$ 132,151 bilhões (2,92% do PIB), em 12 meses encerrados em abril.
O BC informou ainda que a dívida líquida do setor público chegou a R$ 1,602 trilhão em abril. Esse resultado correspondeu a 35,4% do PIB, redução de 0,1 ponto percentual em relação a março.
Outro indicador divulgado pelo BC é a dívida bruta do governo geral (governos federal, estaduais e municipais), muito utilizado para fazer comparações com outros países. No caso da dívida bruta, em que não são considerados os ativos em moeda estrangeira, mas apenas os passivos, a relação com o PIB é maior. Em abril, ficou em R$ 2,682  trilhões, o que corresponde a 59,2% do PIB, percentual estável em relação ao mês anterior.
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG - De repente, surge a constatação de que nada está dando certo no governo Dilma Rousseff, em matéria de política econômica. Subir os juros em meio à queda do superávit primário é uma decisão altamente contestável. Vamos aguardar o que vem pela frente, apreensivos, é claro. (C.N.)