quarta-feira, 27 de junho de 2012

Atenção Guapimirim

Senhores (as) leiam esta publicação feita em, 19 de agosto de 2012. A verdadeira história sobre a construção da estrada que a CRT vem realizando nos bairros do Parque Santa Eugênia, Gleba Azul, Fojo e outros. PORQUE O CONSELHO FOI AO MINISTÉRIO PÚBLICO CONTRA A CRT? Em 2009 a concessionária Rio/Teresópolis (CRT) promoveu o fechamento de acesso (retorno) no KM 111 da BR 116, impedindo o direito de ir e vir dos munícipes das comunidades do Parque Santa Eugênia, Gleba Azul, Fojo e mais outros quatro bairros, provocando transtorno e uma grande insatisfação na população local. Em contra partida a CRT ofereceu uma opção ONEROSA para as comunidades atingidas. A revolta atingiu tal ponto que as comunidades pretendiam no dia Sete de Setembro de 2010 interditar a BR 116 na altura do KM 111 na pista sentido Rio no horário da tarde. Isto em um final de semana prolongado em razão do feriado. Ressaltando que a CRT já tinha sido procurada pelas comunidades para negociação e nada resolveu. Diante deste quadro o Conselho foi procurado pelas comunidades para mediar este conflito. Iniciamos o diálogo explicando que o pleito era JUSTO e LEGÍTIMO, entretanto, a forma de contestação estava equivocada. A partir daí passamos a articular diversas reuniões com as partes envolvidas, com também as autoridades. Sempre de maneira transparente e ética. A CRT só participou de uma reunião se recusando a participar das demais. Diante deste fato fomos ao M.P da Tutela Coletiva de Magé, na ocasião foi aberto um inquérito civil 108/2010. A CRT no final do trimestre deste ano inicia uma obra já aprovada pela ANTT. Quando achávamos que o problema tinha sido resolvido, fomos surpreendidos com uma informação do Boletim Oficial da CRT de 16 de Maio de 2011, número 134, comunicando que a obra será do KM 106 até o 108, modificando o traçado original que contempla até Km111, excluindo assim três km de obra. No dia 01/06/2011, fomos novamente ao M.P da Tutela Coletiva Magé, denunciar a CRT pela tentativa de desvirtuar o foco da nossa primeira demanda. A intenção da CRT foi clara no sentido de dividir o movimento, entretanto, a experiência nos mostrou que se conseguimos avançar até aqui, é porque estávamos unidos e solidários em torno de uma mesma causa. Para concluir a nossa conquista explicitada na primeira demanda ao M.P é fundamental que as comunidades beneficiadas (Parque Santa Eugênia, Gleba Azul e Fojo) NÃO esqueçam das outras comunidades que não foram beneficiadas. É IMPORTANTE OBSERVAR NA ATA DA REUNIÃO 48 DE 18/11/2010, REALIZADA NO BAIRRO DO PARQUE SANTA EUGÊNIA, A DECLARAÇÃO DO REPRESENTANTE DA CRT, QUE FEZ QUESTÃO DE FRISAR QUE TODO ESTE ASSUNTO DO FECHAMENTO DO KM 111 DA BR 116 JÁ TINHA SIDO “TRATADO E ACORDADO” COM O ENTÃO SECRETÁRIO DE GOVERNO MUNICIPAL NA ÉPOCA. NÃO SABEMOS O QUE FOI “TRATADO E ACORDADO” ENTRE ELES ANTERIORMENTE. FALTOU OUVIR E LEGITIMAR O ACORDO COM AS COMUNIDADES. CONQUISTAMOS A PRIMEIRA ETAPA, AGORA FALTA A SEGUNDA. ESTA CONQUISTA INICIAL DEVE-SE A TRÊS COMPONENTES. AS COMUNIDADES ENVOLVIDAS, A IGREJA ASSEMBLÉIA DE DEUS PELA CESSÃO DO ESPAÇO PARA NOSSAS REUNIÕES E O CONSELHO COMO ARTICULADOR E CONDUTOR DO MOVIMENTO. AS COMUNIDADES DEVEM FICAR ATENTAS, PORQUE TEM SURGIDO GRUPOS INTERESSADOS EM SE BENEFICIAR DESTA CONQUISTA POLITICAMENTE. ESTAMOS AGUARDANDO POSIÇÃO DAS AUTORIDADES ENVOLVIDAS PARA SEGUIR EM FRENTE. Fonte: Informativo, "Prestando Contas (carta aberta)", publicada em 19 de agosto de 2012.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Guerra do Paraguai

Na diplomacia, os princípios devem preceder os interesses econômicos Leonardo Attuch De todos os países da América do Sul, nenhum tem tantos interesses econômicos no Paraguai quanto o Brasil. Basta citar a usina hidrelétrica de Itaipu, que gera a maior parte da energia brasileira a partir de águas que estão do outro lado da fronteira, e a produção de soja, que é feita por "brasiguaios" e escoada pelo porto de Paranaguá. Portanto, o Brasil, gigante regional, poderia decidir por si só que rumo tomar na crise paraguaia. E se essa decisão levasse em conta apenas o bolso, tudo indica que o novo presidente Federico Franco custaria menos ao Brasil do que Fernando Lugo. Nas suas primeiras declarações, Franco prometeu pagar dívidas de Itaipu e proteger as terras dos brasiguaios, ameaçadas por movimentos camponeses. Ocorre que, na diplomacia, os princípios são mais importantes do que os interesses econômicos imediatos. E a presidente Dilma Rousseff passou muito bem pelo seu primeiro grande teste internacional, ao não ceder a um governo ilegítimo. O primeiro acerto foi compartilhar a decisão sobre a crise com os países do Mercosul e da Unasul, valorizando o processo de integração regional – o que reforça a liderança brasileira. O segundo foi deixar claro que valores democráticos são inegociáveis. No Paraguai, o que ocorreu nas últimas horas só pode ser definido por uma palavra: golpe. Ainda que sem tanques nas ruas, foi um golpe parlamentar. Um golpe branco, e que já vinha sendo previsto pelas elites locais e pelas autoridades americanas desde 2009, segundo documentos vazados pelo Wikileaks. Um processo de impeachment sem direito de defesa fere princípios constitucionais de qualquer país – inclusive do próprio Paraguai. Há quem argumente que o Brasil estaria sendo mais realista do que o rei, porque, afinal, no próprio Paraguai, não há grandes manifestações nas ruas. E que Brasil, Argentina e Uruguai estariam se unindo numa nova Guerra do Paraguai. Mas, para um continente que ainda luta para curar as feridas de ditaduras tão recentes, este é bom combate. E não cabe admitir qualquer precedente.

Na diplomacia, os princípios devem preceder os interesses econômicos

Leonardo Attuch De todos os países da América do Sul, nenhum tem tantos interesses econômicos no Paraguai quanto o Brasil. Basta citar a usina hidrelétrica de Itaipu, que gera a maior parte da energia brasileira a partir de águas que estão do outro lado da fronteira, e a produção de soja, que é feita por "brasiguaios" e escoada pelo porto de Paranaguá. Portanto, o Brasil, gigante regional, poderia decidir por si só que rumo tomar na crise paraguaia. E se essa decisão levasse em conta apenas o bolso, tudo indica que o novo presidente Federico Franco custaria menos ao Brasil do que Fernando Lugo. Nas suas primeiras declarações, Franco prometeu pagar dívidas de Itaipu e proteger as terras dos brasiguaios, ameaçadas por movimentos camponeses. Ocorre que, na diplomacia, os princípios são mais importantes do que os interesses econômicos imediatos. E a presidente Dilma Rousseff passou muito bem pelo seu primeiro grande teste internacional, ao não ceder a um governo ilegítimo. O primeiro acerto foi compartilhar a decisão sobre a crise com os países do Mercosul e da Unasul, valorizando o processo de integração regional – o que reforça a liderança brasileira. O segundo foi deixar claro que valores democráticos são inegociáveis. No Paraguai, o que ocorreu nas últimas horas só pode ser definido por uma palavra: golpe. Ainda que sem tanques nas ruas, foi um golpe parlamentar. Um golpe branco, e que já vinha sendo previsto pelas elites locais e pelas autoridades americanas desde 2009, segundo documentos vazados pelo Wikileaks. Um processo de impeachment sem direito de defesa fere princípios constitucionais de qualquer país – inclusive do próprio Paraguai. Há quem argumente que o Brasil estaria sendo mais realista do que o rei, porque, afinal, no próprio Paraguai, não há grandes manifestações nas ruas. E que Brasil, Argentina e Uruguai estariam se unindo numa nova Guerra do Paraguai. Mas, para um continente que ainda luta para curar as feridas de ditaduras tão recentes, este é bom combate. E não cabe admitir qualquer precedente.

Na diplomacia, os princípios devem preceder os interesses econômicos

Leonardo Attuch De todos os países da América do Sul, nenhum tem tantos interesses econômicos no Paraguai quanto o Brasil. Basta citar a usina hidrelétrica de Itaipu, que gera a maior parte da energia brasileira a partir de águas que estão do outro lado da fronteira, e a produção de soja, que é feita por "brasiguaios" e escoada pelo porto de Paranaguá. Portanto, o Brasil, gigante regional, poderia decidir por si só que rumo tomar na crise paraguaia. E se essa decisão levasse em conta apenas o bolso, tudo indica que o novo presidente Federico Franco custaria menos ao Brasil do que Fernando Lugo. Nas suas primeiras declarações, Franco prometeu pagar dívidas de Itaipu e proteger as terras dos brasiguaios, ameaçadas por movimentos camponeses. Ocorre que, na diplomacia, os princípios são mais importantes do que os interesses econômicos imediatos. E a presidente Dilma Rousseff passou muito bem pelo seu primeiro grande teste internacional, ao não ceder a um governo ilegítimo. O primeiro acerto foi compartilhar a decisão sobre a crise com os países do Mercosul e da Unasul, valorizando o processo de integração regional – o que reforça a liderança brasileira. O segundo foi deixar claro que valores democráticos são inegociáveis. No Paraguai, o que ocorreu nas últimas horas só pode ser definido por uma palavra: golpe. Ainda que sem tanques nas ruas, foi um golpe parlamentar. Um golpe branco, e que já vinha sendo previsto pelas elites locais e pelas autoridades americanas desde 2009, segundo documentos vazados pelo Wikileaks. Um processo de impeachment sem direito de defesa fere princípios constitucionais de qualquer país – inclusive do próprio Paraguai. Há quem argumente que o Brasil estaria sendo mais realista do que o rei, porque, afinal, no próprio Paraguai, não há grandes manifestações nas ruas. E que Brasil, Argentina e Uruguai estariam se unindo numa nova Guerra do Paraguai. Mas, para um continente que ainda luta para curar as feridas de ditaduras tão recentes, este é bom combate. E não cabe admitir qualquer precedente.

sábado, 23 de junho de 2012

O POVO ESTÁ INDIGNADO MESMO...

> > *PARA TIRAR O CHAPÉU PARA OS CASSETAS....... LEIAM. > > *Nota de esclarecimento do Casseta & Planeta aos Deputados... > * > *Vejam a noticia... depois leiam a resposta do pessoal do Casseta e > Planeta, ao Deputados... . A Nota de Esclarecimento realmente é digna > dos Cassetas. > > *Jornal O GLOBO (BRASÍLIA- DF)* > > Câmara se queixa do 'Casseta & Planeta': > > Pressionada por deputados, a Procuradoria da Câmara foi reclamar junto à > Rede Globo pelas alusões feitas no programa 'Casseta & Planeta' exibido > terça-feira passada > > Os parlamentares reclamaram especialmente do quadro em que foram chamados > de ' deputados de programa '. Nele, uma prostituta fica indignada quando > lhe perguntam se ela é deputada!* **** > > *O quadro em que são vacinados contra a "febre afurtosa" também provocou > grande constrangimento. > > Na noite de quarta-feira, um grupo de deputados esteve na Procuradoria da > Câmara para assistir à fita do programa. Segundo o procurador Ricardo > Izar (PMDB-SP), duas parlamentares choraram (coitadinhas) . Izar se > encontrará segunda-feira com representantes da emissora, para tentar um > acordo, antes de recorrer à Justiça. > > O presidente da Câmara também se disse indignado: - O programa passou dos > limites. Eles têm talento suficiente para fazer graça sem desqualificar a > instituição (que instituição?), que garante a liberdade para que façam > graça. > > O diretor da Central Globo de Comunicação, Luís Erlanger, disse que a > rede só se pronuncia sobre ações judiciais, depois de serem efetivadas. > > Os humoristas do Casseta & Planeta não quiseram falar sobre o assunto, > dizendo não querer 'dar importância à concorrência' .***** > > *Segue agora a Nota de Esclarecimento enviada pelos Cassetas: > > > NOTA DE ESCLARECIMENTO: > > 'Foi com surpresa que nós, integrantes do Grupo CASSETA & PLANETA, > tomamos conhecimento, através da imprensa, da intenção do presidente da > Câmara dos Deputados de nos processar por causa de uma piada veiculada em > nosso programa de televisão. Em vista disso, gostaríamos de esclarecer > alguns pontos: > > * *1.. Em nenhum momento tivemos a intenção de ofender as prostitutas . > O objetivo da piada era somente de comparar duas categorias profissionais > que aceitam dinheiro para mudar de posição. > > * *2.. Não vemos nenhum problema em ceder um espaço para o direito de > Resposta dos deputados. Pelo contrário, consideramos o quadro muito > adequado e condizente com a linha do programa. > > * *3.. Caso se decidam pelo direito de resposta, informamos que nossas > gravações ocorrem às segundas-feiras, o que obrigará os deputados a > interromper seu descanso ..' > > * *Equipe do Casseta & Planeta > > REPASSEM...... de preferência PARA O MUNDO!! ***** > > *FANTÁSTICA A RESPOSTA! UM SHOW DE INTELIGÊNCIA e HUMOR...***** > > * BRASIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, sil, sil, > sil.................**** >

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Aonde vamos parar? TSE aprova a criação do 30º partido político do Brasil, o PEN.

Nádia Guerlenda (Folha) O Tribunal Superior Eleitoral aprovou a criação do 30º partido político do Brasil, o PEN (Partido Ecológico Nacional). O partido não poderá participar das eleições municipais desse ano, já que é necessário que sua criação seja aprovada um ano antes das eleições que pretende disputar. O presidente da sigla, Adilson Barroso, afirmou que o partido defende “várias causas, mas sempre com o foco na sustentabilidade”. Ele disse que não haverá, a princípio, um alinhamento da sigla com a oposição ou com o governo, e que isso dependerá das propostas de cada lado. “Foi uma luta de cinco anos [para a aprovação]. Fiquei muito feliz porque a decisão veio exatamente na semana em que se discute, mundialmente, a questão ambiental”, afirmou, referindo-se à Rio+20. De acordo com o Barroso, devem migrar para o PEN entre 10 e 15 deputados federais, o que já garantiria uma liderança na Câmara e colocaria o partido entre os 12 maiores do país. Ele não informou os nomes dos deputados, mas disse que entre eles estão integrantes do recém-criado PSD. “Seremos muito assediados, porque há um descontentamento muito grande de alguns deputados com seus partidos”, afirmou o advogado da sigla, Paulo Fernando Melo. Outro nome que receberá convite é a ex-candidata à presidência Marina Silva, ex-PV. “Ela será convidada e, se aceitar, eu passarei a presidência do partido a ela, que se quiser pode se candidatar à Presidência da República pelo PEN”, afirmou Barroso. ### “BOA IDEIA” O número dado ao PEN será o 51, nome de uma famosa cachaça. O ministro do TSE e do STF, Marco Aurélio de Mello, percebeu a coincidência e brincou, ao final da sessão que deliberou a criação do PEN, que o partido seria então “uma boa ideia”. Possibilidade de slogan para o recém-criado partido? “Não, o nosso é ainda melhor: uma grande ideia”, respondeu o advogado Melo. admin | Geral | 11 comentários | Digg del.icio.us Facebook Technorati StumbleUpon Twitter email Print quinta-feira, 21 de junho de 2012 | 13:04 Estadão relembra alianças políticas e eleitorais controversas envolvendo o ex-presidente Lula O Estadão fez uma interessante pesquisa para mostrar que a aliança entre o PP de Paulo Maluf e o PT de Fernando Haddad na corrida eleitoral pela Prefeitura de São Paulo, anunciada segunda-feiracom a bênção do ex-presidente Lula, não é propriamente uma novidade na democracia brasileira. No seu mandato de presidente, entre 2003 e 2010, Lula demonstrou invulgar desenvoltura para se aliar a antigos inimigos políticos, como os ex-presidentes Fernando Collor de Mello, José Sarney e Eduardo Paes. ### SARNEY E LULA Lembra o Estado de S. Paulo que, durante seu mandato de presidente da República, de 1985 a 1990, José Sarney foi alvo constante do então deputado federal Lula. Em 22 de julho de 1986, durante comício em Caçapava (SP), Lula atacou: “Sarney não vai fazer reforma agrária coisa nenhuma, porque ele é grileiro no Estado do Maranhão e não vai querer entregar as terras que tomou dos posseiros”, disse. Em 28 de junho de 1989, Lula voltou à carga: “Sarney no início foi endeusado. Hoje, não querem o Sarney nem para chaveirinho”. A relação entre ambos mudou a partir da eleição de Lula à presidência, que contou com o apoio expressivo do PMDB para governar. Durante a crise dos atos secretos do Senado e a revelação de nomeações sigilosas de parentes de Sarney para cargos públicos, Lula saiu em defesa do novo aliado: “Eu sempre fico preocupado quando começa no Brasil esse processo de denúncias, porque ele não tem fim e depois não acontece nada. Sarney tem história no Brasil suficiente para que não seja tratado como se fosse uma pessoa comum”, afirmou em 17 de junho de 2009. ### COLLOR E LULA No segundo semestre de 1989, durante a disputa à presidência, Collor protagonizou uma dura campanha contra Lula e recorreu inclusive à exploração da vida pessoal do petista. Na reta final das eleições, a coligação de Collor veiculou depoimento da enfermeira Miriam Cordeiro, ex-namorada de Lula, acusando-o de ter pedido que ela abortasse uma gravidez e revelando ao público uma das filhas do ex-presidente, Lurian Cordeiro Lula da Silva. Na mesma campanha, Collor afirmou que o PT era um partido “assassino e violento”. Dezessete anos depois, em setembro de 2006, Collor, então candidato ao Senado Federal, gravou programa eleitoral declarando apoio à reeleição de Lula à presidência. “Lula conhece bem as raízes do nosso povo, as carências e tem agido rápido no sentido de resolver os problemas do Nordeste”, disse Collor, para ao final declarar: “Vou votar na reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva porque ele é um nordestino”. No mês seguinte, com sua campanha a pleno vapor, Lula retribuiu o afago. “Com a experiência que ele (Collor) tem de presidente da República, certamente poderá, se quiser, fazer um trabalho excepcional no Senado”, disse durante coletiva de imprensa. ### LULA E PAES O Estadão esqueceu de citar outras novas amizades de Lula. Um dos aliados que eram ferrenhos inimigos é o atual prefeito do Rio, Eduardo Paes, que na época em que era deputado federal pelo PSDB não poupava o então presidente Lula. Mas quando Eduardo Paes entrou para o PMDB e se candidatou a prefeito, o próprio Lula costurou com o governador Sergio Cabral o acordo político que garantiu a eleição do novo aliado, com apoio total do PT. Agora, o acordo se repete, com Lula impedindo que o PT lance candidato próprio à prefeitura do Rio.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

A coisa está feia no Nordeste, onde desviam até dinheiro dos banheiros públicos...

Carlos Newton É um escândalo atrás do outro. Em meio a denúncias de desvio de recursos quando era secretário de Estado do Ceará, Jurandir Vieira Santiago renunciou ao cargo de presidente do Banco do Nordeste (BNB), onde estava desde julho de 2011. Ele foi denunciado por uma série de irregularidades, inclusive desvio de R$ 3,1 milhões em verbas para construir banheiros públicos, vejam só a que ponto chegamos. Na semana passada, o chefe de gabinete de Santiago, Robério Gress do Vale, já havia sido afastado do banco, depois que uma reportagem da revista “Época” apontou-o entre os envolvidos em um esquema de corrupção no banco entre 2009 e 2011, antes de Santiago chegar ao BNB. O esquema teria favorecido o deputado federal José Guimarães (PT-CE), que indicou Santiago.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Substituto de Erundina também rejeita ser vice de Haddad. Por que não indicar Maluf?

Carlos Newton O repórter Bernardo Mello Franco, da Folha, revela que o advogado Pedro Dallari, filiado ao PSB, recusou convite para substituir a deputada Luiza Erundina (PSB) como candidato a vice-prefeito na chapa do petista Fernando Haddad em São Paulo. Professor da Universidade de São Paulo, Pedro é filho do jurista Dalmo Dallari, que sempre apoiou o PT. Pedro era o preferido de Haddad para assumir o posto após a desistência de Erundina. Ao recusar o convite, Dallari alegou ser próximo a Erundina, que anunciou ontem sua saída da chapa em protesto à aliança do PT com o PP de Paulo Maluf. Segundo a Folha, agora quem está cotada para ser vice é a deputada federal Keiko Ota (PSB). E o PCdoB, que deve anunciar adesão a Haddad no próximos dias, está indicando Nádia Campeão, que é da Executiva do partido. Mas por que Haddad não escolhe logo Paulo Maluf, que é muito mais conhecido do que as duas outras pretendentes?

terça-feira, 19 de junho de 2012

Brizola perguntava: A quem Sepúlveda pertence?

Antonio Santos Aquino Newton, não tiro a culpa do Carlos Lupi sobre o problema da viagem em avião pago pelo presidente de uma ONG que tinha convênios com o Ministério do Trabalho e Emprego. Logo que ele foi nomeado ministro, na porta da sede do PDT, eu lhe disse que o achava ingênuo para lidar com os “personagens” que ia encontrar. Que ele devia ter cuidado com as “cascas de banana” que iam colocar em seu caminho. Ele não gostou dizendo: “Você fala como radical. Mas, a política não é assim como você pensa”. Quanto ao ministro Sepúlveda Pertence (presidente do Conselho de Ética da Presidência), lembro que ele foi o advogado de Brizola na disputa da sígla do PTB com Ivete Vargas em 1979. Remancheou o suficiente dando tempo a que Ivete protocolasse antes de Brizola sua pretensão. Golbery, que nos bastidores manobrava, usou o pretexto para tomar de Brizola a sigla. Brizola, revoltado, esbravejava: A quem Sepúlveda pertence? A quem pertence o Pertence? O certo é que Pertence ajudou a que tomassem a sigla do PTB de Brizola.

sábado, 16 de junho de 2012

Um fato e suas versões

Percival Puggina Se eu compreendi direito, temos duas versões totalmente divergentes sobre a trombada ocorrida na esquina da vida onde recentemente se cruzaram Lula, Nelson Jobim e Gilmar Mendes. Numa das versões, o ministro do Supremo foi insistentemente pressionado e, por fim, ouviu uma insinuação que entendeu e contestou como se chantagem fosse. Noutra, foi um encontro cordial, em que o trio abordou “questões genéricas, institucionais”. Quase como se estivessem jogando conversa fora. Existem coisas inverossímeis. Claro que verossimilhança e seu antônimo não servem para firmar convicções absolutas, mas ajudam a gente a não fazer papel de bobo. Perante afirmações de difícil comprovação, podemos apelar para esse critério. Assim, por exemplo, se alguém disser que São Francisco de Assis acumulou uma fortuna em esmolas e a enterrou em algum ponto da Úmbria, a gente pode rejeitar a afirmação como falsa. Ela não seria coerente com a história de vida de uma pessoa que levou seu desapego aos bens materiais ao ponto de retirar-se da abonada casa paterna sem ter sequer um bolso para colocar as mãos. Não, não. O Poverello morreu poverello como uma andorinha. Todavia, se nos disserem que Mark Zuckerberg, o mal falado criador do Facebook, atropelou alguém no mundo dos negócios, podemos admitir o fato como provável porque há vários relatos nesse sentido. Assim também, se for atribuída a Carlinhos Cachoeira alguma operação empresarial irregular, a coerência entre a acusação e a imagem pública do cidadão será útil para formar opinião a respeito do episódio em si. Pelo viés oposto, quando lemos que Demóstenes Torres tinha “liaisons dangereuses” com o mundo do crime, foi necessário que se exibissem muitas evidências para criar um convencimento a respeito porque se tratava de algo incompatível com quanto dele até então se sabia. A notícia do encontro entre Lula e o ministro Gilmar Mendes, no escritório do ex-presidente do STF, nos coloca perante uma dessas situações. É inverossímil que os três ali estivessem apenas para tratar de generalidades. Vale lembrar, adicionalmente, que Lula, ao deixar a presidência, informou que dedicaria parte de seu tempo a provar que o mensalão não existiu. Ora, o referido processo, depois de longa jornada através dos anos e das linhas e entrelinhas dos códigos, está em vias de desabar muito peso pesado da política nacional sobre o colo dos onze do STF. Para quem queria provar que o mensalão não existiu, uma absolvição no Supremo (ou um adiamento para as calendas da impunidade geral) seria tudo de bom. Por outro lado, ninguém pode acusar o ex-presidente de excesso de escrúpulos no jogo do poder. Que o diga a ciranda de ministros a que restou constrangida a presidente Dilma. Tampouco se atribuirá a Lula qualquer devoção à sacralidade das instituições ou reverência às melhores regras do jogo político. Eis porque, quando a notícia da reunião se tornou pública, ouvi negativas à versão de Gilmar Mendes, mas não vi uma única boca aberta em forma de “o” expressando incredulidade: “Quem? O Lula? Não! Ele jamais seria capaz de uma coisa dessas!”. É aí que entra, novamente, a questão da verossimilhança. Ela não faz prova. Ela não condena. Sobre ela incide, sempre, poderosa dúvida razoável a serviço dos advogados de defesa. Mas o passado conta. E nem toda história ou biografia ganha o privilégio de uma comissão encarregada de a reescrever ao gosto da freguesia. Pelo menos é o que se espera. (

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Análises políticas

Agnelo, que não explicou à Justiça a compra de sua mansão, também não consegue explicá-la à CPI; casa era de empresário beneficiado por ato da Anvisa quando ele era presidente O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, já teve a chance de explicar a Justiça como comprou a mansão em que mora, hoje avaliada em R$ 4 milhões. Não conseguiu — como deixou claro a própria Justiça. Hoje, indagado por parlamentares de oposição, teve a chance de dar explicações convincentes. Não conseguiu de novo. Segue uma síntese do caso, feita Pela VEJA Online. * Apesar de negar a existência de irregularidades na compra da casa onde vive, uma mansão de 550 metros quadrados em uma área nobre de Brasília, o governador Agnelo Queiroz, do Distrito Federal, se enrolou ao não comprovar a origem dos recursos que permitiram a aquisição do imóvel. O petista, que depõe à CPI do Cachoeira nesta quarta, pagou 400 000 reais pela casa em 2007. Um ano antes, ele havia declarado à Receita Federal ter um patrimônio de apenas 224 000 reais. Agnelo, que fala à CPI nesta quarta, processou os jornalistas que fizeram reportagem sobre a venda da casa. Durante o processo, o petista foi instado pela Justiça a apresentar sua declaração de imposto de renda que poderia comprovar a origem dos recursos usados na transação. O petista se negou: mostrou apenas os comprovantes de que havia entregue sua declaração do imposto de renda. “Esses extratos não demonstram sequer que a aquisição da casa foi incluída nas declarações de IR”, afirmou a juíza Priscila Faria da Silva. A magistrada condenou o governador a pagar 3 000 reais aos jornalistas. À CPI, Agnelo prometeu comprovar a origem dos recursos usados na compra do imóvel: “Isso será reparado absolutamente. Vou fazer isso”, disse. Agnelo afirmou ter renda familiar suficiente para adquirir a casa com um ano de economias. De quem era a casa? O antigo dono do imóvel, o empresário Glauco Santos, é dono de uma empresa que, meses depois da transação, foi beneficiada por um ato assinado diretamente por Agnelo - então diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária: o petista firmou a permissão de funcionamento da companhia de Glauco. Agnelo não vê problema em ter referendado o ato: “É um atestado absolutamente simples”, disse. Glauco Santos também se transformou em sócio da mãe e da irmã de Agnelo em franquias de restaurantes. O petista acha tudo normal. “É uma relação privada, empresarial”, afirmou. Além da falta de comprovação da origem dos recursos, a transação chama a atenção pelo valor: os 400 000 reais não são, nem de longe, suficientes para pagar um imóvel semelhante ao do petista na mesma região. Agnelo disse não saber quanto vale, hoje, a mansão. “Não sei, não sou corretor”, respondeu ele, secamente, quando questionado pelo deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP). Por Reinaldo Azevedo

domingo, 10 de junho de 2012

ERRO DE FATO

Alguns processos judiciais são anulados por erro de fato. Ou as provas produzidas foram ilegais ou os personagens eram outros. Esta semana estaremos diante de situação parecida. O governador de Brasília, Agnelo Queiroz, irá depor na CPI do Cachoeira, menos porque seu nome apareceu em algumas gravações telefônicas feitas pela Polícia Federal entre o bicheiro e sua quadrilha, mais porque alguns de seus secretários não podem explicar o envolvimento em contratos de prestação de serviços. Na realidade, se o governador deve prestar contas, não será à CPI do Cachoeira, mas à população do Distrito Federal. Porque raras vezes se tem visto um desgoverno igual,apesar da farta publicidade distribuída aos meios de comunicação. Ruas esburacadas há mais de um ano, no centro da capital, deixam de merecer a simples presença de caminhões de asfalto para tapar as crateras. Um trânsito infernal paralisa avenidas onde se estaciona não mais nas filas duplas, mas nas triplas, que se tornaram rotina. Desde a posse de Agnelo que não se encontra um guarda sequer, para ordenar os cruzamentos caóticos. Nos hospitais públicos e postos de saúde, sofre-se mais do que nas salas de cirurgia. Ainda existem escolas onde a chuva entra e as merendas, não, deixando-se de registrar a falta de professores, como de médicos. Seqüestros relâmpagos não são mais notícia, para o noticiário local, tantos se sucedem à luz do dia. De noite é pior, o cidadão das cidades satélites e da periferia conforma-se em ficar prisioneiro em sua própria casa, quando ela não é invadida por bandidos. Por essas e outras é que o governador deveria estar sendo cobrado.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

LULA E PT PREPARAM GOLPE DE ESTADO

Na madrugada desta quarta-feira escrevi aqui no blog uma análise na em que alertei que Lula e o PT não postulam apenas adiar o julgamento do mensalão, mas desejam é obter o domínio total sobre o Poder Judiciário. Em outras palavras, o PT ESTÁ PREPARANDO UM GOLPE DE ESTADO! A confirmação da minha análise está neste ótimo texto do jornalista Reinaldo Azevedo, postado agora à noite no seu blog em que denuncia uma armação do PT para obrigar o Ministro Gilmar Mendes a se declarar impedido de julgar o mensalão. Se os demais ministros do Supremo Tribunal Federal, se o Congresso Nacional, os líderes da oposição e as Forças Armadas e a grande imprensa calarem o Brasil sofrerá um GOLPE DE ESTADO, porque as instituições democráticas estarão anuindo, por seus representantes, à hegemonia do PT. Foi o que aconteceu na Venezuela, onde o chavismo irmão simamês do petismo, tem o domínio total sobre o aparelho estatal. A ocupação do Judiciário é o passo derradeiro para uma ditadura do Partido único, no caso o PT. Repito: está em curso um GOLPE DE ESTADO a ser consumado por Lula e seus sequazes: Vejam o que informa Reinaldo Azevedo: Está em curso, e não chega a ser exatamente uma novidade, uma operação de desestabilização do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal. Trata-se de uma ação ampla, que encontra eco até mesmo dentro do tribunal. O JEG não esconde o propósito, escancara-o em suas páginas financiadas com dinheiro público: querem que ele se declare impedido de participar do julgamento dos mensaleiros, na suposição — sem lastro na realidade! — de que estaria praticando prejulgamento. É uma falácia. Nada no histórico de votos do ministro no STF indica antipetismo militante. Ao co ntrário até: Mendes foi um dos que inocentaram — e deixei clara, então, a minha discordância — Palocci no caso da quebra do sigilo do caseiro, por exemplo. Por se tratar de questão de natureza criminal, entendeu que não poderia condenar sem a prova provada, a ordem explícita para que um subordinado executasse a tarefa. Como essa evidência documental não existia, optou, então, pela absolvição. A questão, claro!, tem mais meandros do que isso. Faço uma síntese. E por que agora todo esse barulho em relação ao mensalão em particular? Medo do suposto preconceito anti-PT? Uma ova! Medo das evidências que estão nos autos, isso sim! Os petistas não fazem segredo de que têm os “seus ministros” — aqueles cujos votos dão como favas contadas. Não listo aqui porque poderia apenas estar dando curso a uma difamação. O fato é que eles não escondem de ninguém que consideram que QUATRO VOTOS ESTÃO GARANTIDOS. Certos ou errados, os petistas avaliam que Mendes e Cezar Peluso votarão contra os mensaleiros. E acham que Ayres Britto pode seguir o mesmo caminho. Assim, Lula quer adiar o julgamento para 2013 porque estes dois últimos já não estariam na corte. Para inocentar a súcia, bastam 6 votos — no caso de o tribunal estar completo. Ganhar de goleada Lula pôs na cabeça que não basta vencer, não! Ele quer ganhar de goleada. Acha que uma vitória apertada, por um voto, deixaria no ar a suspeita de arranjo. Tem de ser um placar convincente. Um julgamento sem Peluso e Britto e com um Mendes impedido seria um sonho. É esse o pano de fundo dessa baixaria. A canalha tenta desmoralizar Mendes, mas está, na prática, é desmoralizando todo o Supremo. A cada vez que petistas dão como líquido e certo o voto de ao menos quatro ministros, tratam o tribunal como se fosse mera extensão ou franja do partido, dando a entender que passou a existir um critério para integrar a corte. Não por acaso, os setores mais extremistas do petismo tratam Joaquim Barbosa e Peluso como traidores e Britto como um possível ingrato. Mendes, por óbvio, está no radar desde sempre porque indicado para o tribunal por FHC. Trabalho sujo Os setores da imprensa que não dividem espaço no lixão financiado do lulo-petismo que dão curso às críticas a Gilmar Mendes — indo além da notícia, censurando o seu ato de coragem — estão contribuindo, na prática, para desmoralizar o Supremo. Engrossam a corrente daqueles que querem fazer do tribunal um quintal do Executivo, a exemplo do que se vê na Venezuela, na Argentina, no Equador, na Bolívia ou na Nicarágua, esses notáveis exemplos de cultura democrática. Do blog do Reinaldo Azevedo.

Lula não fala, Dirceu não fala, Demóstenes não fala, Cachoeira não fala. É a conspiração do silêncio.

Carlos Newton Muito interessante o raciocínio de Marcelo Mafra, em artigo aqui na Tribuna sobre a estratégia de Lula ao procurar os ministros do Supremo junto com os “padrinhos” deles, que os indicaram para o tribunal. Mafra observou que o próprio ministro Ayres Brito confirmou que Lula lhe dissera recentemente que gostaria de se reunir com ele e seu “padrinho” de indicação para o STF, o jurista Celso Antonio Bandeira de Mello, para tomarem um vinho. Destacou também que o “padrinho” da indicação de Gilmar Mendes para o Supremo, quando Fernando Henrique Cardoso era presidente, foi exatamente o ex-ministro Nelson Jobim, que armou o encontro de Mendes com Lula em seu escritório. E salientou que também na conversa apareceu também a iniciativa de se usar o “padrinho” da indicação da ministra Carmen Lúcia, que foi o ex-ministro Sepúlveda Pertence. Assim, Marcelo Mafra trouxe a público a estratégia de Lula de uma forma tão precisa e insofismável, que nem cabem desmentidos. Por isso, o ex-presidente continua calado, não dá uma palavra sobre o assunto. Chega a ser constrangedor. Da mesma forma, o ex-ministro José Dirceu também começa a usar a estratégia do silêncio. Depois de passar anos e anos alardeando que queria pressa do Supremo e seu interesse seria de provar sua inocência o mais rapidamente possível (recordar é viver), repentinamente, tudo mudou. Perguntado se tinha conhecimento da conversa entre o ex-presidente Lula e o ministro Gilmar Mendes, na qual, segundo a revista “Veja”, Lula tentou pressionar o ministro para adiar o julgamento do mensalão, Dirceu afirmou que estava proibido por seu advogado de dar qualquer declaração. “Não vou falar do meu processo e nem do julgamento (referindo-se ao mensalão) porque foi a ordem que recebi dos meus advogados”, declarou Dirceu, ao participar da mesa de debates do 14º Congresso Estadual da CUT, (Central Única dos Trabalhadores). Ele mesmo disse que o mensalão era o assunto que todos estavam esperando, mas repetiu que não falaria nada sobre o julgamento. Lula não fala, José Dirceu não fala, Demóstenes Torres não fala, Carlinhos Cachoeira não fala. Será que os ”padrinhos” deles falariam?

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Delegado Claudio Guerra está delirando em suas recordações

Antonio Santos Aquino O tal delegado Claudio Guerra, baseado no que aparece sobre o que foi dito em seu livro, está misturando muita coisa. Só para lembrar: ele fala em um delegado ex componente da Scuderie Le Coc, que teria sido assassinado com uma metralhadora especial mandada pelos americanos. Seria uma queima de arquivo. O tal delegado não era delegado, era um policial. A metralhadora era própria para assassinatos e descartável. Queima de arquivo não bate. Na verdade o crime foi um acerto de contas da máfia do jogo dos bichos. A vítima foi Mariel Mariscot. Claudio Guerra tinha ligações com o tristemente famoso “capítão Guimarães”. Esteve envolvido em inúmeros assassinatos de bicheiros em Vitória do Espírito Santo. Depois da limpeza Guimarães entrou como banqueiro e ele tornou-se dono de pontos. Aqui no Rio este bandido andava nos clubes extorquindo. Estou dizendo, quem quiser que acredite.

sábado, 2 de junho de 2012

Dependendo da inflação, rentabilidade da poupança pode ser igual a zero

Pedro do Coutto Com o novo recuo da taxa Selic, entraram em vigor as novas regras para reajustar os depósitos das cadernetas de poupança a partir de hoje. O governo anunciou os índices prováveis em função das oscilações da TR, mas não incluiu no cálculo a inflação estimada pelo IBGE para este ano. Se ela repetir a de 2011 (6,3%) a rentabilidade será igual a zero. No último exercício, foi de apenas 0,8%, uma vez que os saldos giraram com 7,1 pontos. Necessário fazer-se o confronto para esclarecer bem a questão. Vamos colocar cores nos números. Pior ocorreu com o FGTS: registrou perda de 2,7%. A correção anual ficou em 3,6, resultado portanto negativo. A diferença ficou com a Caixa Econômica Federal. Agora, maio de 2012, o panorama tornou-se mais crítico: os saldos do Fundo de Garantia receberam atualização de somente 0,26%. Em vez de irem para a frente, encolheram. Reportagens de Gustavo Patu e Marli Prado (Folha de São Paulo). Gabriela Valente e Roberta Scrivano (O Globo) e de Iolanda Pordelone (O Estado de São Paulo) focalizaram claramente as decisões do Banco Central e do Conselho Monetário Nacional. Lembraram que o sistema (para a poupança espontânea) parte de 0,5 mensais acrescidos da TR. Sabem os leitores quanto deu a Taxa de Referência fixada pelo Bacen nos primeiros cinco meses de 2012? A FSP publicou mês a mês. Somente 0,16%. A projeção para doze meses, assim, não chega a meio ponto. Enquanto isso, de abril de 2011 a abril de 2012, o índice inflacionário alcança 5,1 pontos. A margem de resultado real, de pequena, transformou-se em ínfima. Sujeita a chuvas. Porque não se sabe se a espiral monetária vai se manter neste patamar ou subir mais um ou dois andares. Segundo projetou a reportagem de O Estado de São Paulo, assinada por Iolanda Pordelone, pelo cálculo antigo, as 100 milhões de cadernetas existentes (saldo total de 470 milhões de reais) renderiam nominalmente 6,7%. Porém, pelo novo cálculo devem descer meio ponto estacionando na escala de 6,2%. Isso já incluindo a perspectiva provável da Taxa de Referência para 2012. O quadro é sinuoso, há muitas curvas no percurso. Não será fácil vencê-las e segurar as rédeas inflacionárias. Diversos fatores políticos e psicológicos, além dos econômicos, influem sempre. Tanto assim que se contem pelos dedos as previsões que se confirmaram ao longo do tempo e da história. São raras, pois os imprevistos, em múltiplas circunstâncias, tornam-se essenciais. O Plano Cruzado Um, governo Sarney, fevereiro de 86, representa algo emblemático. De uma previsão de inflação zero – vejam só – aquele ano eleitoral fechou com um índice de 70%. Decreto elaborado pelo ministro Saulo Ramos, na passagem para 87, que o presidente da República referendou, corrigiu os preços das empreitadas e dos fornecimentos exatamente em também 70%. O decreto, surpreendentemente, não incluiu os salários. Desnecessário frisar que os valores do trabalho humano desabaram. As consequências até hoje são visíveis no processo de favelização dos centros urbanos. Na falta de saneamento e na limpeza urbana. E que dizer do meio rural? As grandes empresas não perderam nada. Os trabalhadores e servidores públicos sim. Uma rotina brasileira. Que agora ameaça continuar e girar a partir dos saldos das cadernetas de poupança. Só lembrando Vinicius de Moraes e Tom Jobim: tristeza não tem fim. Felicidade sim.