domingo, 25 de dezembro de 2011

De olho no velocímetro

CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO DERRUBA A OBRIGATORIEDADE DE PLACAS QUE ALERTAM O MOTORISTA SOBRE A INSTALAÇÃO DE RADARES FIXOS E MÓVEIS


Brasília 247 – Motoristas que pisam fundo no acelerador terão que ter cuidado redobrado. Não é mais obrigatório a instalação de placas que avisam sobre a existência de radares (móveis ou fixos) de fiscalização eletrônica em ruas e estradas de todo o País. Resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) em vigor desde a última quinta-feira (22) derrubou a exigência que servia como um alerta de controle de velocidade ao condutor.

Há mais de cinco anos o governo instalava placas antes dos pardais, como são chamados os radares em Brasília. No Eixo Rodoviário, o Eixão, há dezenas de placas que informam a localização da fiscalização eletrônica e o limite de velocidade permitido na via, de 80km/h. Agora, o motorista terá que ficar atento ao velocímetro para não ultrapassar a velocidade permitida. O valor mínimo da multa para quem comente este tipo de infração é de R$ 85.

Apesar de abolir a instalação dos avisos, a resolução estabelece que os radares não podem estar escondidos da visão dos motoristas. Até 2003, a presença das placas era obrigatória. A norma foi revogada, mas entrou novamente em vigor em 2006.

O Contran também flexibilizou outras exigências em relação aos radares móveis, que foram liberados em trechos de rodovias sem sinalização de velocidade máxima. O conselho também dispensou a realização de estudo prévio para a presença desses equipamentos em estradas. Agora, qualquer ponto pode ser alvo de fiscalização eletrônica com radares de velocidade

Com informações da Agência Brasil

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Greve dos aeroviários gera atraso em 12% dos voos

PARALISAÇÃO ATINGE CINCO AEROPORTOS, MAS SITUAÇÃO ESTÁ SOB CONTROLE, SEGUNDO A INFRAERO


Com a paralisação dos aeroviários, funcionários dos aeroportos que trabalham em terra, deflagrada na tarde de ontem, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) registrava às 7 horas de hoje, atrasos em cerca de 12% dos voos programados para o período em todo o País. Entre os 458 voos domésticos previstos para decolar até as 7 horas de hoje, 54 (11.8%) partiram com atrasos de mais de meia hora. Outros 11 (2.4 %) voos estavam atrasados no horário entre 6 e 7 horas e 17 (3.7 %) foram cancelados.

Nos aeroportos Tom Jobim, no Rio, Confins, em Belo Horizonte, de Fortaleza, Brasília e Salvador, onde os aeroviários estão em greve desde a tarde de ontem, o movimento ainda estava normal no começo da manhã.

Em Brasília, o movimento de passageiros estava normal para o período, sem grandes filas no saguão. Entre os 11 voos programados, cinco registraram atrasos e nenhum foi cancelado.

Em Belo Horizonte, entre os 15 voos previstos, dois estavam atrasados e nenhum foi cancelado. Em Fortaleza, nenhum voo foi cancelado e cinco registraram atrasos entre os 23 previstos. Em salvador, um voo foi cancelado e três tiveram alteração de horário entre os 33 programados e no Rio, quatro voos estavam atrasados e um foi cancelado, entre os 16 programados.

Em São Paulo, onde os aeronautas e aeroviários não aderiram à greve, o movimento também estava normal. Em Congonhas, na zona sul da cidade, entre os 19 previstos, um foi cancelado e não havia registro de atrasos. Em Cumbica, do total de 44 previstos, nove registram atrasos e cinco foram cancelados.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Soninha, 4 anos depois, denuncia caixinha no PT

Foto: DIVULGAÇÃO
VEREADORA DE SÃO PAULO AFIRMOU TER SIDO COBRADA PELO DIRETÓRIO MUNICIPAL DO PARTIDO PARA REPASSAR 5% DOS SALÁRIOS DOS FUNCIONÁRIOS DE SEU GABINETE, FILIADOS OU NÃO, ENTRE 2005 E 2007, QUANDO MILITAVA NA SIGLA. “AGORA QUE ELA VEM FALAR DISSO?”, IRONIZOU O ATUAL PRESIDENTE DO PT PAULISTANO, ANTÔNIO DONATO
20 de Dezembro de 2011 às 17:22

247 – A vereadora de São Paulo Soninha Francine (PPS) denunciou a existência de caixinha no PT, partido pelo qual militou entre 2005 e 2007. Segundo a pré-candidata à prefeitura da capital paulista, que concedeu entrevista ao site Congresso em Foco, o diretório municipal do partido exigia que ela repassasse 5% do total de R$ 60 mil mensais disponíveis para cada um dos 12 vereadores, à época, para as despesas do gabinete, independente da filiação. “Eu achava isso um absurdo. Todo mês a gente quebrava o pau”, contou Soninha ao portal. No início de dezembro, o noticiário brasiliense publicou documentos que compravam o mesmo esquema realizado no Partido Social Cristão (PSC), que também ficava com 5% dos salários dos funcionários comissionados da Câmara.

Licenciada para atuar numa autarquia do governo do estado, a vereadora denunciou: “A direção partidária exigia uma porcentagem sobre a gratificação de todos os assessores nomeados no gabinete, fossem eles filiados ao PT ou não”. Em resposta às denúncias, o líder do PT na Câmara de Vereadores e ex-presidente municipal da legenda, Ítalo Cardoso, negou a cobrança de valores de funcionários sem filiação ao partido. Segundo ele, só filiados são obrigados a contribuir. “Se a Soninha tem outro tipo de relação, eu não tenho nada com isso”, afirmou. Cardoso garantiu que a cobrança compulsória da ‘caixinha’ de funcionários ligados ao PT nunca existiu e até hoje não existe. O atual presidente do diretório municipal, Antônio Donato, afirmou que a cobrança é feita apenas aos filiados do partido, e ironizou Soninha: “Agora que ela vem falar disso?”. Tanto Cardoso como Donato afirmaram que Soninha deve recorrer à Justiça. “Se teve algum problema com ela, ela que procure o que achar de direito”, avaliou o presidente do PT local.

Segundo a reportagem, Soninha reconhece que parte dos funcionários de seu gabinete à época eram filiados ao PT e contribuíam por força do estatuto, apesar de haver uma determinação do Tribunal Superior Eleitoral que considera também essa hipótese ilegal. Mas sustentou a versão de que a cobrança era feita sobre todos e que a pressão era constante. “Vinha sempre alguém representando o diretório zonal: ‘Ó, tá na hora de pagar a contribuição mensal. São 5% sobre a GNA [nome da verba de gabinete disponível para contratar funcionários]’”. Confirmada a versão de Soninha, a reportagem estima que o PT municipal poderia arrecadar R$ 36 mil mensais em todos os 12 gabinetes de vereadores, ou R$ 468 mil por ano. Para a vereadora, trata-se de uma apropriação de dinheiro público em benefício de uma instituição privada, um partido político.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Não, “privataria” não é o novo dossiê Cayman

Não, “privataria” não é o novo dossiê Cayman

Foto: Divulgação


Leonardo Attuch _247

“Lixo, lixo”, disse José Serra. “Literatura menor”, emendou Aécio Neves. “Infâmia”, completou Fernando Henrique Cardoso.

Com a declaração de FHC, os três principais líderes do PSDB finalmente emitiram sua opinião sobre “Privataria tucana”, livro lançado na última semana pelo jornalista Amaury Ribeiro Júnior, que tem realimentado a guerra política entre PT e PSDB – dois partidos que, na vida real, têm muito mais semelhanças do que diferenças.

Polêmico por natureza, o trabalho de Amaury dividiu a crítica em dois grupos: a turma do “não li e não gostei”, tucana, e a dos que “não leram e gostaram”, petistas.

Pouca gente realmente se deu ao trabalho de atravessar as duzentas e poucas páginas do livro. Eu fui um deles. E ainda que haja eventuais erros de apuração e de análise, o livro não pode ser comparado ao “dossiê Cayman” e à “lista de Furnas”, como querem os tucanos. Aliás, abre parêntese, não deve ter sido coincidência o fato de Veja ter dedicado sua capa desta semana à suposta montagem da lista de Furnas – era uma vacina.

O que diferencia “privataria” dessas “infâmias”, como diria FHC, tem nome e sobrenome. Trata-se de Ricardo Sérgio de Oliveira, um personagem que se transformou em sinônimo de corrupção no Brasil – e à prova de falsificações. Flagrado nos grampos do BNDES, Ricardo Sérgio se vangloriava por trabalhar “no limite da irresponsabilidade”.

FHC sabe que Ricardo Sérgio é indefensável. Tanto que o demitiu tão logo os grampos do BNDES vazaram.

José Serra também sabe que Ricardo Sérgio é indefensável. Tanto que jamais deu ou dará qualquer declaração a favor do personagem.

E quem foi Ricardo Sérgio? Simplesmente, o principal arrecadador de campanha do PSDB na era FHC. E que caiu de paraquedas no Banco do Brasil, na diretoria internacional, com poderes absolutos sobre o cofre dos fundos de pensão, na época da privatização.

Um personagem que não estava ali por acaso. Estava ali para fazer o que fez. E como fez...

No livro, Amaury traz fatos novos, mas também requenta muito do que já havia sido publicado na imprensa – inclusive por mim (leia, no fim deste artigo, a reportagem “Um roteiro de propina”, publicada na Istoé Dinheiro, sobre o esquema montado na venda da Telemar).

Entre as novidades de Amaury, estão os documentos que mostram como a Petros, fundo de pensão da Petrobras, adquiriu edifícios adquiridos por Ricardo Sérgio e seu “laranja” Ronaldo de Souza, logo após a privatização. Ou ainda as transações financeiras entre Ricardo Sérgio e Gregório Marin Preciado, “primo” de José Serra. Ou, quem sabe, as transferências entre Ricardo Sérgio e Carlos Jereissati, um dos donos da telefonia no Brasil.

Se os tucanos estão tão indignados com o livro, deveriam processar o autor, tratado por eles como “falsário”, e periciar os documentos apresentados.

Mas eles não vão se mexer.

Se o fizerem, descobrirão que Ricardo Sérgio é exatamente aquilo que todos sempre souberam que é.

E se os petistas estão tão eufóricos com o livro, deveriam também sugerir ao autor uma suíte chamada “Privataria petista”.

Vão acabar descobrindo que há muitos Ricardos Sérgios também do seu lado.

(Clique aqui para ler a reportagem "Um roteiro de propina", publicada em 2002)

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Morrer e voltar da morte - Para onde vai a consciência?

Morrer e voltar da morte - Para onde vai a consciência?

Foto: Divulgação

FUNDAÇÃO BRITÂNICA ESTUDA A “EXPERIÊNCIA DE QUASE-MORTE”, BASEADA EM RELATOS DE PESSOAS QUE SOFRERAM MORTE CLÍNICA E VOLTARAM À VIDA

14 de Dezembro de 2011 às 00:16

Por Eduardo Araia

O maior estudo já realizado sobre ocorrências nas quais pessoas com morte clínica alegam sair do corpo e ver o que acontece ao redor está sendo desenvolvido na Inglaterra pela Horizon Research Foundation (fundação britânica baseada no Hospital Geral de Southampton). A pesquisa conta com a colaboração de outros grandes hospitais da Grã-Bretanha e também dos Estados Unidos e Canadá. As informações colhidas podem revolucionar nosso conhecimento sobre o tema.

Embora o pensamento científico dominante continue a menosprezar as experiências de saída do corpo descritas por pessoas que têm morte clínica mas conseguem voltar à vida, casos do gênero continuam a ocorrer nos mais variados cantos do mundo. A Horizon Research possui milhares de relatos desse tipo, alguns dos quais poderão ser lidos no site da fundação. Tais relatos apresentam muitas características comuns, não importa a latitude, a época, o idioma ou a cultura do indivíduo: flutuar sobre o próprio corpo, viajar por um longo túnel, ver uma luz branca e brilhante. O que acontece à nossa consciência quando morremos?

A mudança de expectativa advém exatamente da abertura dos pesquisadores em termos de trabalhar hipóteses fora do padrão esperado pela ciência tradicional. Para os representantes desta última, tudo teria de ser reduzido a detalhes fisiológicos, como um distúrbio do sono ou perturbações na parte do cérebro ligada à coordenação ou, simplesmente, ser fruto da imaginação da pessoa enquanto ela passa por manobras de ressuscitamento. Livre dessa camisa-de-força teórica, o grupo de pesquisadores programou-se para estudar até o final de 2011 mais de 1.500 pacientes de paradas cardíacas a fim de verificar se pessoas nesse estado - que não registram batimentos cardíacos e atividade cerebral - podem realmente passar por experiências fora do corpo.

A experiência, denominada Consciência Durante o Ressuscitamento (Aware, na sigla em inglês), corresponde à ampliação de um esquema piloto conduzido pelo Projeto da Consciência Humana, da Universidade de Southampton (Grã-Bretanha), especializado no estudo do cérebro, da consciência e da morte entre os humanos. A iniciativa - a primeira em grande escala do Projeto de Consciência Humana - envolve mais de 25 centros médicos de primeira linha nos Estados Unidos, Canadá e Grã-Bretanha. Só em 2011, cerca de 15 mil pacientes com sintomas de parada cardíaca foram ou serão levados a esses hospitais. Cerca de 1.500 deles foram ou serão ressuscitados, e desses é provável que centenas afirmarão ter passado por algum tipo de experiência fora do corpo quando estavam clinicamente mortos.

Na Aware, os pesquisadores usam os mais modernos recursos tecnológicos para estudar o cérebro e a consciência durante os casos de parada cardíaca. Eles também verificam a validade das experiências fora do corpo e as afirmações de que pessoas nesse estado conseguem ver e ouvir. Para tanto, recorrem a imagens geradas aleatoriamente que só são visíveis para quem as olhar do teto. Os locais escolhidos para exibir essas imagens estão nas áreas onde os ataques cardíacos ocorrem mais frequentemente nos hospitais, como as unidades de terapia intensiva e pronto-socorro.

“Se conseguirmos uma série de 200 ou 300 pessoas que estiverem clinicamente mortas e ainda assim forem capazes de voltar e nos contar o que nós, médicos e enfermeiros, estávamos fazendo e o que viram a partir de alguma posição fora do corpo, isso confirmará que a consciência realmente estava em ação, mesmo que o cérebro não estivesse funcionando", afirma o cientista britânico Sam Parnia. Essa confirmação revolucionaria os conceitos científicos sobre a mente humana.

Na opinião de Parnia - pesquisador do Weill Cornell Medical Center, de Nova York, e de diversos hospitais britânicos, diretor do Projeto da Consciência Humana e um dos maiores especialistas em experiências de quase-morte (EQM) -, a pesquisa vai ajudar a desfazer a noção de que a morte é um evento isolado, como imaginam os cientistas mais ortodoxos. “A morte não é um momento específico”, ele disse por ocasião do lançamento do Aware. “É um processo que começa quando o coração para de bater, os pulmões param de trabalhar e o cérebro para de funcionar - uma condição médica chamada parada cardíaca, que, a partir de um ponto de vista biológico, é sinônimo de morte clínica. Segue-se, então, um intervalo, que pode durar de poucos segundos até uma hora ou mais, no qual os esforços médicos de emergência podem ter sucesso em reanimar o coração e reverter o processo de morte. O que as pessoas experimentam durante esse período de parada cardíaca proporciona uma janela de compreensão única a respeito do que todos nós provavelmente experimentamos durante o processo de morte."

Mesmo restringindo o assunto a problemas orgânicos ou falsas lembranças, que o cérebro sonha durante as manobras de ressuscitamento, a ciência tradicional admite que entre 10% e 20% das pessoas que sofrem parada cardíaca e morte clínica relatam processos de pensamento lúcido, capacidade de raciocínio, memória e até recordações detalhadas de eventos. A experiência Aware pode ajudar a explicar como os pacientes conseguiram descrever em minúcias o que estava lhes acontecendo enquanto se encontravam tecnicamente na condição de morte cerebral. “O estudo almeja estabelecer esse debate de uma vez por todas”, disse Parnia. “Pode ser que as experiências fora do corpo não passem de falsas memórias, mas, até que isso esteja cientificamente testado, não podemos dizê-lo ao certo.”

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Base articula-se para derrubar convite a Pimentel

Base articula-se para derrubar convite a Pimentel

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil


13 de Dezembro de 2011 às 16:34

O governo colocou a sua tropa de choque em campo para derrubar o convite ao ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, para que ele prestasse esclarecimentos sobre as denúncias de tráfico de influência à Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) do Senado. A bancada de senadores do PT e PMDB mobilizou-se para rejeitar o requerimento da oposição. No entanto, senadores do PDT e PP apoiaram o convite, argumentando que os ministros de seus partidos não se furtaram de comparecer ao Congresso para responder às denúncias.

O requerimento de autoria do líder do PSDB, o senador paranaense Álvaro Dias, foi rejeitado por oito votos a cinco. O tucano criticou a postura da base governista, alegando que havia um acordo tácito de que os convites a autoridades seriam acolhidos, e, no entanto, esse pacto foi rompido para proteger um ministro petista.

"Os ministros do PT são blindados com a força da maioria esmagadora do governo e os demais podem ser jogados ao mar. Há dois pesos e duas medidas", criticou Álvaro Dias. "Nem a velhinha de Taubaté se convenceu da solidez das explicações do ministro", ironizou o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), considerando insuficientes os esclarecimentos já prestados por Pimentel.

O senador Ivo Cassol (PP-RO), da base aliada, lembrou que o ministro das Cidades, Mário Negromonte - indicado pelo PP - compareceu ao Senado para dar explicações das denúncias de irregularidades na Pasta. "Ministro que tem medo de vir numa comissão não pode ser ministro", desafiou Cassol, exigindo tratamento isonômico aos membros da Esplanada.

Na mesma linha de Cassol, o senador Pedro Taques (PDT-MT) lembrou que o ex-ministro do Trabalho Carlos Lupi - indicado pelo PDT - compareceu à Câmara e ao Senado. "Estamos aqui para analisar fatos, não pessoas", alegou Taques. Ele acrescentou que por se tratar de recursos públicos, da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), que contratou os serviços de Pimentel, o ministro precisava se explicar aos senadores.

No entanto, o líder do governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR), disse que as acusações contra Pimentel não envolvem "ações do governo federal". Por isso, seria desnecessária a visita dele ao Congresso. O líder do PT, Humberto Costa (PE), reforçou os argumentos a favor de Pimentel, lembrando que ele não exercia cargo público quando prestou as consultorias e nenhum de seus assessorados mantinha contratos com o governo federal.


PIZZA


30g de fermento biológico fresco
1 colher (sobremesa) de açúcar
1 colher (sobremesa) de sal
2 ovos
¾ xícara (chá) de óleo
1 xícara (chá) de leite
4 xícaras (chá) de farinha de trigo
Para o recheio:
200g de presunto ou peito de peru
300g de queijo mussarela ralada grossa
1 cebola
2 tomates
orégano
2 gemas (para pincelar)
Num bowl, dissolva o fermento no açúcar e junte os ovos.
Acrescente o óleo e o leite e misture bem.
Adicione a farinha de trigo aos poucos até obter uma massa uniforme, que solte das mãos.
Se necessário, acrescente um pouco mais de farinha para dar ponto.
Faça uma bola grande, cubra com um pano e espere crescer até dobrar de volume
Divida a massa em pequenas porções.
Abra com a ajuda de um rolo.
Recheie, enrole e acomode em uma assadeira untada e enfarinhada.
Pincele com a gema.
Leve ao forno pré-aquecido a 180°C e asse por aproximadamente 40 minutos.

Parte superior do formulário


Mentiu,,,,Apanha!

O pai compra um robô detector de mentiras que dá tapas nas pessoas quando mentem. Decide testá-lo ao jantar.

- Filho, onde esteve hoje?
- Na escola, pai.

O robô dá um tapa no filho.
- Ok, vi um dvd na casa do Zé!

... - ...Que dvd?
-
Toy Story.

O robô dá outro tapa no filho.
- Ok, era pornô. - choraminga o filho.

- O quê? Quando tinha a tua idade nem sabia o que era filme pornô ! - diz o pai.
O robô dá um tapa no pai.

A mãe ri - Ahahaha! Ele é mesmo teu filho.
O robô dá um tapa na mãe!

Silêncio Total..........

É lei aprovada. Faça valer seus direitos.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Pará, um estado só, mas cheio de problemas

Pará, um estado só, mas cheio de problemas

Foto: Divulgação



247 – A população do Pará optou por manter o estado unido, rejeitando a criação de Tapajó e Carajás. Com um índice de abstenção acima de um quarto da população, o plebiscito revelou mais do que a vontade de alguns de se separar: existem regiões na unidade federativa que não são atendidas pelo Estado.

Enquanto Carajás vislumbrava na emancipação uma enchente de investimentos em mineração, siderurgia e agronegócio, Tapajós tinha como principal aposta de viabilidade econômica o repasse de recursos federais, o que expõe não apenas a ausência total de atenção estatal à região, mas a pobreza e a falta de opções no oeste do Pará.

Estudos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostram que, uma vez separados, os novos estados nasceriam deficitários. O Pará registra superávit anual de cerca de R$ 300 milhões. Sem sua receita orçamentária, Carajás teria déficit de pelo menos R$ 1 bilhão anual. Tapajós, por sua vez, perderia R$ 864 milhões por ano. Ou seja, da forma como existem hoje, essas regiões não sobreviveriam sozinhas – como o Estado de fato não chega lá, melhor seria dizer que hoje elas mal sobrevivem.

O próprio governador do Pará, Simão Jatene (PSDB), admitiu que o Estado não alcança todas as regiões paraenses. “O pacto federativo precisa ser revisto”, disse Jatene. “É um interesse natural das pessoas quererem ter mais saúde, segurança, educação. Sem dúvida alguma isso pressupõe rediscussão de responsabilidade, de direitos, há projetos de redivisão de Minas Gerais, São Paulo e outros, porque efetivamente o Estado brasileiro não consegue chegar onde o povo precisa", completou o governador.

Jatene disse ainda que enxergava interesse político por trás do movimento de divisão do Pará, mas que reconhece o sentimento genuíno de pessoas que lutam pela melhoria da qualidade de vida de suas regiões em questão. A abstenção de 25% da população no plebiscito é mais potencial um indicador da dificuldade de acessar certas regiões.

A impressão do governador foi corroborada pelas votações em Santarém e Marabá, que seriam as “capitais” dos novos estados e onde mais de 95% da população votou pela divisão. “Aqui, a presença do Estado está ausente. Pelo tamanho do Estado, pelas distâncias. Não sentimos uma solução dos problemas”, defendia Dom José Foralosso, bispo da diocese de Marabá, dias antes do plebiscito.

Para tentar solucionar os problemas que o plebiscito expôs, Jatene propôs uma revisão do pacto federativo. A ideia é válida, mas, a exemplo do que o correu com a consulta popular, precisa ser posta em prática. Se as dificuldades dos habitantes do interior do Pará já eram incômodas para quem mora na região, ganharam mais amplitude agora, que expostas a todo o País. Quando será dado o próximo passo?

sábado, 10 de dezembro de 2011

Pimentel já está com bens bloqueados em processo por fraude e superfaturamento de obras em Belo Horizonte

Carlos Newton

A imprensa aperta o cerco ao ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior). A situação se complica cada vez mais. O comentarista Martim Berto Fuchs nos envia uma reportagem de Marcelo Portela e Eduardo Kattah, do Estadão, revelando que a principal financiadora da campanha eleitoral de Pimentel em 2010 está na mira do Ministério Público Estadual de Minas Gerais por suspeita de superfaturamento em contrato firmado com o Executivo municipal durante a gestão dele como prefeito de Belo Horizonte.

A empresa Construções e Comércio Camargo Corrêa S/A, que deu R$ 2 milhões para a campanha de Pimentel, formou com a Santa Bárbara Engenharia S/A um consórcio para construção de habitações populares na capital mineira. Pelo contrato, segundo a prefeitura, o consórcio faturou R$ 165,9 milhões entre 2005 e 2010. Após uma representação feita no fim do ano passado, a Promotoria de Defesa do Patrimônio Público do Ministério Público Estadual instaurou inquérito civil para apurar o contrato.

Os trabalhos, parte do programa Vila Viva, uma das principais realizações do prefeitoPimentel, incluíram a construção de unidades habitacionais e outras intervenções, como pavimentação de vias. Segundo a prefeitura, as obras tiveram início no mesmo ano da assinatura do contrato e foram concluídas no ano passado.

O inquérito civil foi aberto em novembro do ano passado após denúncia levada aos promotores pelo ex-vereador Antônio Pinheiro (PSDB). O ex-vereador disse que pediu exoneração do cargo de fiscal da Companhia Urbanizadora da capital (Urbel) quando a prefeitura lhe negou o acesso aos contratos para as obras que fiscalizava in loco.

Conforme a representação, o projeto Vila Viva, executado no morro do Cafezal, também teria sido objeto de superfaturamento, com apartamentos que teriam custado mais de R$ 200 mil aos cofres públicos. “Os preços estavam muito acima do mercado e pedi os contratos para fazer meu trabalho, mas não me deram. Então, saí”, disse Pinheiro, denunciando: “Uma casa que fica por R$ 25 mil, eles estão pagando R$ 210 mil.”

***
BLOQUEIO DE BENS DE PIMENTEL

Além do consórcio Camargo Corrêa-Santa Bárbara, o Ministério Público investiga ainda a HAP Engenharia, também por causa de suspeita de superfaturamento em obras da Vila Viva, neste caso no Morro das Pedras, na região oeste da capital.

Conforme a denúncia, o contrato com a HAP para a construção de 778 apartamentos teria sido reajustado de R$ 90 milhões para R$ 120 milhões, o que elevou o custo de construção para os cofres públicos de cada apartamento para R$ 154 mil.

A empresa pertence a Roberto Giannetti Nelson de Senna, que possui estreita relação com Pimentel. Tanto o ministro quanto a empresa e seu proprietário já são réus em outro processo movido pelo Ministério Público. Na ação, eles são acusados de fraude na construção de casas populares com recursos municipais com dispensa de licitação, superfaturamento e utilização de uma entidade filantrópica (Ação Social Arquidiocesana ou ASA) para justificar a dispensa indevida de concorrência pública.

Segundo o Estadão, a Justiça já determinou o bloqueio de bens dos acusados no valor de R$ 5 milhões e o processo ainda tramita na 4ª Vara da Fazenda Pública na capital.

***
RELAÇÕES COM A EMPREITEIRA

Quando disputou uma vaga no Senado em 2010, Pimentel declarou, segundo o Tribunal Superior Eleitoral, uma arrecadação de R$ 8,7 milhões para a campanha. Deste total, R$ 2 milhões foram doados pela Camargo Corrêa. As doações foram feitas em quatro parcelas de R$ 500 mil, transferidas eletronicamente para a conta da campanha entre 4 de agosto e 22 de setembro. O Consórcio Camargo Corrêa fez ainda depósito em espécie de R$ 1,8 mil em 1º de outubro.

O grupo Camargo Corrêa já havia feito doações à campanha de Pimentel à Prefeitura de Belo Horizonte em 2004, bem mais modestas que a de 2010: foram R$ 100 mil por meio da empresA Construções e Comércio Camargo Corrêa e outros R$ 100 mil pela Camargo Corrêa Equipamentos e Sistemas S/A.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Trafico de influência do ministro Fernando Pimentel cada vez se complica mais

Carlos Newton

A Folha de S. Paulo colocou uma tropa de choque para levantar os podres da “consultoria” do ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, que está se tornando o Antonio Palocci na bola da vez. O jornal escalou três repórteres da pesada para cobrir o assunto: Catia Seabra, de São Paulo, que foi a Belo Horizonte se juntar a Paulo Peixoto, enquanto Breno Costa faz a retaguarda em Brasília.

E o caso está tendo desdobramentos. Otílio Prado, sócio do ministro Fernando Pimentel na P-21 Consultoria, Otílio Prado já entregou o cargo de assessor da Prefeitura de Belo Horizonte. Ele pôs sua cadeira à disposição na noite de quarta-feira, após uma conversa com o prefeito Márcio Lacerda.
Incomodado com a exposição sofrida com a revelação de que Otílio acumulava o cargo na prefeitura com a participação na consultoria de Pimentel, Lacerda aceitou prazerosamente a demissão, sob o argumento de que era uma decisão de foro íntimo.

A situação do sócio de Pimentel se complicou desde que veio à tona a informação de que a P-21 recebera R$ 400 mil de empresa que tem seu filho entre os sócios. A QA Consulting, do filho de Otílio, teve contrato com uma empresa da Prefeitura, a Prodabel, durante a gestão de Pimentel na prefeitura, no valor de R$ 173,8 mil.

Agora, a Prodabel é chefiada por Paulo Moura, ex-secretário de Governo do petista, vejam como tudo se encaixa. Na gestão de Moura, a Prodabel, que trabalha com informática, firmou contrato de um ano com a QA Consulting, em agosto de 2010, no total mensal de R$ 15.700. Com esse valor, não é exigida licitação.

Otílio Prado, filiado ao PSB, chegou à Prefeitura de BH pelas mãos do ex-prefeito Célio de Castro, no final dos anos 90, e se manteve no gabinete até ontem, notem que se trata de um grande profissional do contorcionismo político, digno de entrar para o Cirque du Soleil.

Com Pimentel, que era vice de Castro e o sucedeu após sua morte, Otílio permaneceu no gabinete do prefeito e se tornou muito próximo dele. Foi seu secretário particular na prefeitura e, terminado o mandato, em 2009, passou a ser sócio de Pimentel na consultoria.

Com a chegada de Marcio Lacerda (PSB) à prefeitura, também pelas mãos do ministro, um de seus padrinhos políticos, Otílio foi mantido no gabinete como assessor, cargo que acumulou com a sociedade com Pimentel, segundo publicou o jornal “O Globo”.

Em entrevista à Folha antes de pedir exoneração, o ex-sócio do ministro havia dito não ver conflito de interesses entre suas atividades na prefeitura e os serviços prestados para firmas interessadas em decisões do município.
Na entrevista, ele se recusou a informar detalhes das consultorias prestadas e jogou para Pimentel, que saiu da empresa em dezembro passado, a responsabilidade por fornecer informações sobre a P-21.

Sobre ser pai do dono da QA Consulting, disse: “Meu filho não tem nada a ver comigo. Não é o mesmo CPF, é?”, perguntou, mostrando que a desfaçatez não tem mesmo limites. E desligou o telefone afirmando estar “ocupado”, quando a reportagem perguntou se ele influenciou na celebração de contratos de mais de R$ 90 milhões da prefeitura com a empreiteira Convap, outra cliente da P-21.

Com esse nome de P-21, a “consultoria” só podia mesmo se meter em escândalos, pois faz lembrar a famosa P-2, loja maçônica que levou o Banco Ambrosiano à falência e deixou em maus lençois o Vaticano em 1982, quando o recém-criado PT ainda era um partido ético.